Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro deste ano, muitos analistas já previam que a resposta da União Europeia não seria tão drástica. Além das ameaças de uma nova guerra mundial, o governo Putin tem em suas mãos uma carta muito mais fácil de ser usada e tão aterrorizante quanto: a diminuição da disponibilidade de energia aos países da Europa. Mas porque a energia russa é tão importante?
A Rússia destaca-se como grande produtora de energia por meio combustíveis fósseis, especialmente gás natural e petróleo, importantíssimos para o modelo atual da economia do planeta, mas também um dos principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa (GEE), que aumentam o aquecimento global no planeta. De acordo com a ONU, só é possível manter a meta de limitar o aquecimento global em 1,5ºC caso os países façam a eliminação imediata e progressiva do carvão e de outros combustíveis fósseis.
Mesmo antes da guerra, ao mesmo tempo em que continuavam comprando energia russa, os países da Europa têm se comprometido cada vez mais com a diminuição do uso de energia de combustíveis fósseis, inclusive assumindo compromissos públicos para acabar com a dependência de combustível do país.
Em 2019, a França foi um dos primeiros países a iniciar a aprovação de um pacote de energia que tem como meta a emissão líquida de zero gases de efeito estufa até 2050, aumentando também de 30% para 40% a redução das emissões até 2030. Alemanha, uma grande defensora da energia solar, aprovou em 2020 uma lei que acaba com a última usina a carvão em 2038 e traz compensação econômica para as regiões atingidas com a decisão.
Por outro lado, a substituição deste modelo demora e a interrupção brusca pode causar sérios prejuízos para a economia. A redução da oferta de energia fóssil por causa da guerra provocou enormes aumentos de preço e tem gerado incertezas em toda a Europa. Com a chegada do inverno, a situação se tornou ainda pior, a começar pela Alemanha, maior economia do bloco e que, até antes da guerra na Ucrânia, tinha quase 50% do seu fornecimento de gás vindo da Rússia, e que agora corre o risco de uma recessão de inverno.
Para evitar problemas assim, mais e mais países têm buscado investir em formas alternativas de energia, principalmente, mas não só, energia solar. No início deste mês, Brasil e Estados Unidos reforçaram seu compromisso de cooperação mútua em energia, lançando durante reunião ministerial do Fórum de Energia EUA-Brasil uma cooperação bilateral que inclui o lançamento de um novo fórum bilateral para promover a cooperação em energia limpa liderado pela indústria e pelo setor privado dos dois países.
Energia é também uma grande questão econômica e sua oferta pode gerar lucros para empresas e ser uma interessante proposta de investimento, já que, por fazer parte das commodities, sua variação de preço ocorre da forma tradicional de oferta e procura.
Para você, que gosta assunto e pretende investir em energia, fale com a byebnk, aqui é possível investir neste e em outros setores do mercado americano, tudo isso com aportes a partir de R$ 500. Baixe o app e saiba mais. byebnk, simples como deve ser.
Comentários post