A Amazônia é um dos biomas mais importantes do planeta, representando 44% de todas as florestas úmidas do mundo e presente em 40% da América do Sul, em territórios que incluem Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Na semana de 5 de setembro, comemora-se o dia da Amazônia, uma data para reforçar a importância deste ecossistema, lar de animais e plantas únicos e de representantes de comunidades tradicionais, como indígenas, extrativistas, ribeirinhos, quilombolas, entre outros. Entretanto, sua imensa riqueza também faz com que a Amazônia esteja constantemente ameaçada pela exploração desenfreada de recursos naturais, com atividades como desmatamento e mineração.
De acordo com monitoramento do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), a região chamada de Amazônia Legal registrou no primeiro trimestre de 2022, 941 km² de desmatamento, o que significa o maior número acumulado de alertas de desmatamento na história do monitoramento. Da mesma forma, o monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) registrou que a área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos.
Essa devastação cada vez maior do bioma tem chamado a atenção de todo o mundo e o tema meio ambiente tem sido amplamente debatido nos encontros internacionais e, como não poderia deixar de ser, nas disputas eleitorais de outubro. O interesse tão grande tem um motivo: a Amazônia é essencial para a vida e economia do planeta. Veja a seguir 5 fatos que comprovam:
- Proteção contra as mudanças climáticas: o CO2 é o principal gás de efeito estufa (GEE) do nosso planeta, sendo responsável em grande parte pelo aquecimento global e as mudanças climáticas. As florestas têm um grande poder de absorver o carbono presente neste gás e estocá-lo em forma de biomassa (em suas raízes, troncos e folhas), diminuindo sua concentração na atmosfera terrestre e amenizando o aumento da temperatura no planeta. Porém, ao serem derrubadas e queimadas, as florestas devolvem todo este carbono de volta à atmosfera, contribuindo para o aumento do problema.
- Principal farmácia natural do mundo: as plantas e animais da Amazônia possuem propriedades curativas para milhares de doenças e vários dos remédios que usamos hoje são baseados em elementos descobertos na Amazônia. Especialistas afirmam que a Amazônia pode conter a fórmula para curar doenças que ainda nem conhecemos. Para proteger o conhecimento tradicional sobre esses produtos, em maio de 2015, foi publicada a Lei de Biodiversidade (Lei nº 13.123/2015), que orienta e regulamenta as atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico que utilizem a biodiversidade brasileira.
- Grande potencial consumidor e fonte de renda: atualmente, cerca de um milhão de pessoas vive sem eletricidade na Amazônia, que vão desde povos isolados até comunidades que desejam e poderiam ser beneficiadas por projetos de renda sustentável da região. Projetos como o Amazônia 4.0 mostram que é possível unir a conservação do meio ambiente com o desenvolvimento econômico da região Norte do Brasil.
- Importância para a manutenção dos regimes de chuvas: os chamados rios voadores são volumes de vapor d’água que vêm do Oceano Atlântico, passam por cima da Amazônia em formato de chuva e seguem até a cordilheira dos Andes. No meio do caminho, levam essa umidade para os estados do centro-oeste e sudeste do Brasil. Assim, a presença dos rios voadores é responsável pela manutenção das chuvas a quilômetros de distância e o desmatamento amazônico cada vez maior tem afetado diretamente as chuvas ali.
- Grande potencial de exportação de produtos locais: cacau, pimenta, castanhas, frutas, partes de peixes e o óleo de dendê são alguns dos exemplos de produtos que podem ser explorados de forma sustentável na floresta, contribuindo para a economia brasileira. O estudo “Oportunidades para Exportação de Produtos Compatíveis com a Floresta na Amazônia Brasileira”, de Salo Coslovsky (professor associado da Universidade de Nova York), mostrou que as empresas amazônicas são responsáveis por menos de 0,17% da venda dos chamados produtos “compatíveis com a floresta”, mas poderia chegar a 1,3% do total, faturando US$ 2,3 bilhões por ano.
Apesar de toda essa importância, ainda há quem acredite que a Amazônia vale mais como pasto do que em pé. Por isso, nosso bioma tem sido cada vez mais desmatado e destruído, especialmente para plantação de soja e pecuária, além de mineração e outras atividades degradantes. Além da destruição em si, especialistas alertam que o grande risco é que o bioma está se aproximando muito rápido do seu ponto de não retorno, que é o momento em que a devastação da floresta é tão grande que ela acaba por morrer sozinha sem mais chance de recuperação.
Para coibir essas ações, cada vez mais é possível apoiar empresas que são contra este tipo de prática, tanto não comprando de empresas aliadas ao desmatamento, seja realmente investindo negócios que apoiam formas sustentáveis de produção, por exemplo, comprando suas commodities de locais livres de desmatamento. Esse tipo de prática, muito relacionada ao conceito de ESG está cada vez mais forte.
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