O Banco Nacional Suíço manteve sua luta contra a inflação e, apesar da recente turbulência no setor financeiro, elevou as taxas em 0,50%, para 1,50%. A linguagem da SNB permaneceu mais dura do que o esperado, reiterando que aumentos adicionais nas taxas “não podem ser descartados”.
Além disso, o banco central informou que vendeu CHF27 bilhões em moeda estrangeira no 4º trimestre de 2022 para apoiar o franco suíço, apertando as condições monetárias e limitando a inflação importada. A SNB disse que considerará novamente essa opção para potencializar os efeitos de taxas de juros mais altas e trazer a inflação de volta à meta. Esses comentários indicam pelo menos mais um aumento nas taxas, possivelmente em junho, embora o tamanho de qualquer aumento possa ser reduzido.
A postura mais dura do SNB reflete a revisão ascendente de suas previsões condicionais de inflação, que agora veem a inflação permanecendo acima da faixa de meta de 0 a 2% até o final de 2025. O banco central observou que os aumentos de preços agora estão “amplos”, apontando para o risco de que o atual nível elevado de inflação se torne incorporado às expectativas do setor privado.
Considerando os riscos para a perspectiva, a SNB reconheceu que os desenvolvimentos no setor financeiro aumentaram a incerteza. A confiança do banco central nas projeções condicionais de inflação provavelmente está mais baixa hoje do que o habitual, e um cenário desfavorável em que a inflação retorna à meta em um futuro não muito distante não pode ser descartado.
Em geral, a SNB decidiu separar a luta contra a inflação das questões relacionadas à estabilidade financeira. Em relação a esta última, o banco central está fornecendo ampla liquidez ao sistema. No entanto, as condições de financiamento para o setor não financeiro se tornaram mais restritas, refletindo o aumento do custo de financiamento para os bancos, em si, uma consequência da turbulência no setor financeiro.
Portanto, há um risco de que o aperto da política da SNB se revele excessivamente agressivo e cause danos desnecessários à economia. O desafio para o banco central será encontrar o equilíbrio certo entre a luta contra a inflação e a preservação da estabilidade financeira.
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