Ações da Apple, Amazon, Alphabet, Meta e Microsoft registraram impressionante crescimento superior a 20% este ano, desafiando o aumento das taxas de juros e a retração do consumo.
Os últimos meses colocaram à prova a robustez das grandes empresas de tecnologia, confrontadas com demissões em larga escala, redução dos serviços e desvalorização decorrente do aumento das taxas de juros.
Contudo, as ações dessas gigantes tecnológicas retomaram um ritmo de valorização notável. De 1º de janeiro a 1º de maio, as ações da Meta, listadas em Nova York, saltaram surpreendentes 102%. No mesmo intervalo, os papéis da Apple cresceram 30,7% e os da Microsoft, 27,7%. Alphabet (controladora do Google) e Amazon avançaram 21,5% cada.
Por outro lado, o S&P 500, principal benchmark de Wall Street, teve uma alta de 8,5% nesses quatro meses, enquanto o Ibovespa, referência brasileira, desvalorizou-se em 5% no mesmo período.
Depois da divulgação dos balanços do primeiro trimestre, as ações das cinco empresas experimentaram um rali na Nasdaq, o índice tecnológico de Wall Street. As ações da Microsoft, por exemplo, subiram 7% no dia seguinte à publicação. As demais obtiveram ganhos por volta de 5% em suas respectivas datas.
Em suma, as big techs revelaram um desempenho sólido no primeiro trimestre deste ano, superando as previsões mais modestas. A surpresa veio, sobretudo, pelo fato de a desaceleração da economia americana não ter impactado negativamente a demanda pelos serviços de publicidade (essenciais para Alphabet e Meta) e computação em nuvem (fundamentais para Microsoft e Amazon), revelando uma resiliência maior que a esperada.
A divisão de nuvem da Microsoft e da Amazon registrou um crescimento de 16% em receita, enquanto a receita de publicidade do Google subiu 2%. Na Meta, as entregas de anúncios tiveram um aumento de 26%.
Análise Big Techs
🍎 Apple
Apesar da queda na receita e no lucro líquido, devido à redução do poder de compra dos consumidores, a Apple, atualmente a empresa mais valiosa, registrou um crescimento nas vendas do iPhone e alcançou um novo recorde na área de serviços, que inclui iCloud e Apple Pay. Detalhando os números:
Vendas do iPhone: US$ 51,3 bilhões (+2% em relação ao ano anterior)
Vendas de serviços: US$ 20,9 bilhões (+5% em relação ao ano anterior)
Receita: US$ 94,8 bilhões (-3% em relação ao ano anterior)
Lucro: US$ 24,1 bilhões (-3% em relação ao ano anterior)
🛒 Amazon
A gigante do varejo apresentou resultados acima do esperado. Destacam-se o desempenho da Amazon Web Services (AWS), que lidera o mercado de computação em nuvem com 32% de participação de mercado, e o impacto positivo dos cortes de custos no período, que totalizaram US$ 500 milhões. Os números são os seguintes:
Vendas líquidas: US$ 127 bilhões (+9% em relação ao ano anterior)
Lucro: US$ 3,1 bilhões (comparado ao prejuízo de US$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre de 2022)
🔍 Alphabet (Google)
A Alphabet apresentou um lucro inédito de US$ 191 milhões na área do Google Cloud. No que diz respeito ao negócio de publicidade, sua principal fonte de receita, os números foram positivos, apesar do contexto adverso de redução nos investimentos dos anunciantes e aumento da concorrência no setor. Os resultados são os seguintes:
Receita: US$ 69,7 bilhões (+3% em relação ao ano anterior)
Lucro: US$ 15,1 bilhões (-8% em relação ao ano anterior)
💻 Microsoft
A Microsoft apresentou crescimento no negócio de computação em nuvem, que representa 40% de sua receita total, impulsionado pela forte demanda no período, e avanços em iniciativas de inteligência artificial, com destaque para o investimento bilionário na OpenAI, criadora do ChatGPT. Os números são os seguintes:
Receita: US$ 52,9 bilhões (+7% em relação ao ano anterior)
Lucro: US$ 18,3 bilhões (+9% em relação ao ano anterior)
♾️ Meta (Facebook)
Apresentou crescimento de receita pela 1ª vez depois de três trimestres consecutivos de queda. Zuckerberg disse que 2023 seria o “ano da eficiência” da companhia. Com o aumento da concorrência e redução de receitas no segmento de publicidade, a Meta cortou de gastos e concentrou investimentos em IA e metaverso.
Receita: US$ 28,6 bilhões (+3% em relação ao ano anterior)
Lucro: US$ 5,7 bilhões (-24% em relação ao ano anterior)
A grande questão: é o momento para investir?
A queda nas cotações nos últimos meses descomprimiu, de certa forma, os múltiplos de algumas dessas empresas. Contudo, muitos indicadores ainda são altos. É o caso do preço em relação aos lucros (P/L) – múltiplo que calcula quantos anos um investidor levaria para recuperar seu investimento na empresa apenas através do pagamento de dividendos.
Mesmo que a maioria dos [P/Ls] tenha declinado em relação ao período pandêmico, durante o qual assistimos a um grande rali, eles permanecem acima do P/L do S&P [22,23 vezes] e até do Nasdaq [23,90 vezes], que inclui empresas de tecnologia equivalentes às big techs.
O múltiplo valor empresarial pelo lucro operacional (EV/Ebitda) de Alphabet, Meta e Amazon está abaixo das suas medianas, um sinal positivo que pode indicar uma “ação barata”.
As ações dessas cinco empresas acumularam ganhos significativos desde o início da pandemia, em 23 de março de 2020. A Alphabet teve um crescimento de 103,4%, a Apple, um avanço de 208,7%, e a Microsoft, uma elevação de 131,1%. A Meta registrou um aumento de 64,2%, enquanto a Amazon teve um crescimento mais modesto, de 7,5%.
Um mês antes da declaração da pandemia, em 21 de fevereiro de 2020, as cinco big techs correspondiam a sete vezes o valor de mercado de todas as empresas listadas na bolsa brasileira B3. Atualmente, as big techs superam em oito vezes o valor de mercado da bolsa brasileira, cujo valor de mercado é de US$ 997,5 bilhões.
Um dos motores que têm impulsionado o crescimento dessas empresas neste ano é o avanço da tecnologia de inteligência artificial. A Microsoft tem apostado em seus novos serviços de IA (como o chatbot BingAI e Copilot), enquanto a Alphabet tem se esforçado para se destacar com o chatbot Bard.
Em conclusão, apesar das turbulências recentes, a performance sólida das big techs no primeiro trimestre e as perspectivas positivas para suas áreas de atuação reforçam a ideia de que o investimento nessas empresas pode ser um negócio promissor.
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