Você já ouviu falar em ferro gusa? Esta commodity, de nome diferente, é matéria-prima essencial para a produção de aço e tem um papel muito especial para o Brasil, que é o segundo maior exportador no mundo. Mas você sabe por que ele é tão importante? Então, veja abaixo 5 características deste mineral e entenda por que as commodities podem ser uma boa opção de investimento.
- Ferro-gusa faz parte do grupo das commodities, mas o que é isso? Na tradução literal do inglês, commodities significa mercadorias. Na prática, elas servem de matéria-prima para a produção de produtos industrializados. As commodities são divididas em: agrícolas (como no caso da soja, que é o principal produto de exportação do Brasil), pecuárias (como a carne bovina, outro grande produto brasileiro), minerais (caso do ferro-gusa e do minério de ferro em geral, mas também do petróleo e de gás natural), ambientais (como o setor madeireiro) e financeiras (que inclui títulos emitidos pelo governo e moedas que são negociadas no mercado, como o dólar e o euro).
- O ferro-gusa é um produto extraído da redução do minério de ferro em fornos de altas temperaturas. A liga de ferro-gusa (que também possui em sua composição carbono, enxofre e outros elementos para facilitar o manuseio) é parte essencial e corresponde a grande parte do custo para a produção do aço.
- No Brasil, a queima dos minérios de ferro para a produção de ferro-gusa é feita com o uso de carvão vegetal, o que, apesar de ser uma energia renovável, pode trazer inúmeros danos ao meio ambiente, como aumento do desmatamento para a produção de carvão, crescimento das emissões de gases de efeito estufa tanto pelo desmatamento quanto pela queima, emissão de gases nocivos ao meio ambiente e à saúde humana, como enxofre e outros poluentes, na atmosfera. Para compensar, empresas produtoras de ferro gusa estão investindo no plantio de árvores para a produção de carvão e no reflorestamento como medida para diminuir as emissões de gases de efeito estufa.
- A China é a maior importadora de ferro-gusa do mundo, comprando 33,2% do total. Em seguida, vêm os Estados Unidos, com 25,9% (dados de 2020 do Observatory of Economic Complexity, OEC). Já na parte de exportação, a Rússia é a campeã, com 28,1%, seguida do Brasil, com 23,9%, e da Ucrânia, com 22%.
- O preço das commodities funciona sob o esquema de oferta e procura e, com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, os preços da maioria das commodities tem sofrido graves aumentos, puxando para cima o preço nos outros países exportadores, como é o caso do Brasil, que foi responsável por cerca de 20% de todo milho (dados da Embrapa) e de 18,5% do minério de ferro exportado no planeta, ficando atrás somente da Austrália em 2019 (OEC). Em março deste ano, a Associação Brasileira de Fundição (Abifa) lançou um comunicado lamentando o reajuste de 25% no valor do ferro-gusa produzido e comercializado no país.
Desde os tempos de colonização portuguesa, o Brasil é um importante produtor e fornecedor de commodities para exportação. De acordo com o Ministério da Economia, as principais commodities que o Brasil exporta são:
- soja (US$ 35,24 bilhões)
- minério de ferro (US$ 25,78 bilhões)
- petróleo bruto (US$ 19,61 bilhões)
- açúcar e melaço (US$ 8,75 bilhões)
- carne bovina (US$ 8,4 bilhões)
- celulose (US$ 5,98 bilhões)
- milho (US$ 5,85 bilhões)
Além de essenciais para manter a economia do planeta, as commodities podem ser uma ótima opção de investimento. Para isso, você pode começar com apenas R$500 no aplicativo da byebnk. Entre em contato ou baixe o app para saber mais.
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