“Quando sopram os ventos da mudança, alguns constroem abrigos e se colocam a salvo; outros constroem moinhos e ficam ricos.” – Claus Möller
Crises econômicas são um ótimo catalisador para inovação e empreendedorismo. Mudam a forma de pensar, ideais e valores, além dos hábitos de consumo e a forma com que elas se relacionam com seus bens e recursos.
O COVID-19 é um exemplo recente disso: causou a redução na circulação e a quarentena fez com que várias pessoas perdessem sua fonte de renda, obrigando essas pessoas a cortarem gastos supérfluos e convidando-as a refletir melhor sobre o que faz sentido consumir e a importância de se poupar para emergências. Para muitos essa experiência servirá de aprendizado para o resto da vida.
Da mesma forma, as empresas tiveram que se reinventar para atender às novas necessidades que surgiram. Empresas de tecido confeccionando máscaras, empresas de eventos realizando shows via internet, são só alguns exemplos.
Toda essa inovação foi acelerada pela necessidade de se reinventar e atender aos novos hábitos de consumo da população, devido ao COVID-19. Em resumo, as crises geram oportunidades para inovação e os empreendedores são os principais responsáveis por transformar os limões em limonadas.
Agora estamos em uma segunda etapa desta crise, enquanto durante a crise sanitária os meios de produção e a demanda diminuíram, os governos tiveram que aumentar os gastos e se endividar cada vez mais para prestar auxílio para a população e isso acabou acelerando a inflação em âmbito global. E não é só isso, o estouro da guerra da Rússia contra Ucrânia contribuiu ainda mais para as incertezas e inflação, tornando o cenário ainda mais caótico.
Diante deste novo desafio as empresas precisam novamente se reinventar para sobreviver e a melhor forma é inovando. Mas o que é inovar? É buscar novas formas mais eficientes e eficazes de solucionar os problemas ou gerar benefícios para os seus clientes e os empreendedores, ou até mesmo intraempreendedores (aqueles que têm comportamentos e atitudes de empreendedores, mesmo trabalhando como funcionários de outras empresas) tem uma papel fundamental nesse processo de inovação.
Os empreendedores têm que desenvolver uma visão sistêmica dos seus negócios, ou seja, enxergar os processos do início ao fim, ponta a ponta. Só assim serão capazes de localizar onde estão os gargalos e onde podem atuar para gerar vantagens competitivas, reduzir os consumos e aumentar os benefícios para os clientes.
Empresas e empreendedores que sobrevivem à crises se tornam mais fortes, pois toda a inovação, otimização, e aprendizados que foram gerados durante o período conturbado continuam como legados.
Por isso vou encerrar o artigo com duas dicas valiosas que vão aumentar suas chances de sobreviver durante as crises:
- Foque primeiro nos gargalos que causam danos mais críticos ao seu negócio ou que têm maior probabilidade e/ou frequência de ocorrer. Eles possuem o maior potencial de prejudicar o seu negócio.
- Fique sempre atento, aproveite as oportunidades que o mercado te mostrar e antecipe o quanto antes os problemas.
Espero que durante essa crise você seja do time que está construindo moinhos e não abrigos.
Bruno Capelão,
Cofundador e Diretor da byebnk
https://www.linkedin.com/in/capelao/
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